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O Que é Galvanização a Fogo?

GUIA DEFINITIVO SOBRE GALVANIZAÇÃO COMO SURGIU A GALVANIZAÇÃO?          A técnica de Galvanização é a aplicação de uma capa de zinco em um metal sólido. Existem evidências, estudando armaduras antigas, que mostram que o zinco começou a ser utilizado como […]

GUIA DEFINITIVO SOBRE GALVANIZAÇÃO

  1. COMO SURGIU A GALVANIZAÇÃO?

         A técnica de Galvanização é a aplicação de uma capa de zinco em um metal sólido. Existem evidências, estudando armaduras antigas, que mostram que o zinco começou a ser utilizado como revestimento protetor alguns séculos atrás na Índia.

         A capacidade do zinco de inibir a oxidação do aço depende de um fenômeno natural, a reação elétrica entre metais diferentes. Essa reação foi observada pela primeira vez em 1772 por um cientista italiano chamado Luigi Galvani.

         Em 1837, Stanislaus Sorel, um engenheiro francês, garantiu uma patente para a galvanização a quente. Esse método é utilizado até os dias de hoje e também surgiram outros tipos de galvanização a partir dele. Reconhecendo a descoberta anterior de Galvani, Sorel chamou seu processo de galvanização.

         Pela popularidade do processo, hoje, galvanização é sinônimo de revestimento de peças de metais com zinco, independentemente de seu procedimento.

 

  • MAS O QUE É GALVANIZAÇÃO A FOGO ?

         A técnica de galvanização é a aplicação de uma capa de zinco em um metal sólido, com uma completa imersão do aço em um banho de zinco derretido. Antes da imersão, o aço precisa de uma limpeza química para remoção de possíveis óleos, graxas, carepas ou oxidações.

         A preparação inicial do aço é fundamental pois o zinco não terá uma boa reação com ele sujo. A Galvanização a Fogo ajuda a formar um ”colete” para proteger o metal do clima.

Processos e Etapas de Galvanização a Fogo para Galvanizar

         Desengorduramento:

Consiste na imersão da peça num banho desengordurante que pode ser alcalino a quente ou ligeiramente ácido. O objetivo é a completa remoção de lixos e outros contaminantes superficiais.

         Decapagem Ácida:

Após passar por etapas de enxaguamento, a peça é mergulhada num banho ácido que tem por objetivo a remoção total de óxidos (Ferrugem) presentes na superfície da peça. Após a decapagem a peça é mergulhada em água para neutralizar o seu ph

         Fluxagem:

O objetivo da fluxagem é depositar na superfície da peça uma camada de cloreto de zinco e cloreto de amônio que se destina a remover os óxidos que se formaram na superfície após a decapagem e impedir a formação de corrosão antes da imersão da peça no banho de zinco. Após a fluxagem, a peça pode ou não ser secada.

         Banho de Zinco:

A peça é mergulhada num banho de zinco que contém pelo menos 98% de Zinco com outros aditivos, e que se encontra a cerca de 450 °C. A peça permanece dentro do banho até que atinja a temperatura do banho. Durante a imersão o zinco do banho reage com o Ferro e Aço e forma uma série de camadas de liga intermetálica Zinco-Ferro, metalurgicamente ligadas.

         Arrefecimento:

Após a sua remoção do Banho de Zinco, as peças são arrefecidas ao ar ou por imersão em água ou solução de passivação. No caso da galvanização de porcas, parafusos e outras peças muito pequenas, as mesmas são colocadas num tambor rotativo que é sucessivamente passado pelas várias fases do processo. Após a sua imersão no banho de zinco, o tambor é removido do banho e centrifugado a alta velocidade para remover o excesso de zinco que não reagiu com o Aço.

         Após a sua remoção do Banho de Zinco, as peças são arrefecidas ao ar ou por imersão em água ou solução de passivação. No caso da galvanização de porcas, parafusos e outras peças muito pequenas, as mesmas são colocadas num tambor rotativo que é sucessivamente passado pelas várias fases do processo.

Após a sua imersão no banho de zinco, o tambor é removido do banho e centrifugado a alta velocidade para remover o excesso de zinco que não reagiu com o Aço.

Basicamente, a galvanização a fogo ajuda a formar um ”colete” para proteger o metal do clima.

         Na próxima vez que estiver de carro, andando na rua ou no ônibus repare nos postes de placas novos, uma grande parte terá uma cor prateada típica. Esse ‘’prateado” nada mais é que a camada de zinco que a galvanização proporciona.

Mas será que só existe uma forma de galvanizar?

A resposta é não!

Existem outros métodos de colocar essa capa de zinco no metal, como por exemplo a galvanização por imersão em banho de zinco electrolítico que é um processo de revestimento onde os íons de Zinco numa solução, ligados ao polo positivo de um circuito eléctrico (Ânodo) são levados através de um campo elétrico a revestir uma peça ligada ao polo negativo (Cátodo).

Também existe a galvanização a frio, que se trata de tinta de zinco em aerossol, destinada a pequenos retoques em peças galvanizadas.

De qualquer forma, o processo mais utilizado é o de galvanização por imersão a quente (a fogo) que comprovadamente é o mais efeciente quando falamos em proteção do aço.

Vejam nessa tabela como o aço se comporta dependendo do processo que é realizado:

  • PORQUE GALVANIZAR E QUAIS OS BENEFÍCIOS?

         Bem simples, a Galvanização dá ao metal propriedades de ante corrosão. Sem a camada protetora de zinco, o metal vai permanecer exposto e a oxidação e corrosão vão se potencializar muito mais rápido. A Galvanização a Fogo de aços é uma alternativa bem efetiva para prevenir a corrosão.

Muitas industrias usam como prioridade o aço galvanizado devido aos benefícios que a técnica traz para as indústrias, como vantagens incluindo:

Baixo Custo:  Comparado com a maioria dos aços tratados. Ainda mais devido ao fato de estarem imediatamente prontas para o uso assim que entregues pelas metalúrgicas. Não é necessária uma preparação adicional da superfície como inspeções, pinturas, capas e etc… poupando as empresas de mais custos.

Vida Longa: Com a galvanização a fogo a peça de aço industrial tem a expectativa de durar mais de 50 anos em ambientes ‘’normais’’ e podendo durar mais de 20 anos com uma exposição constante à água. Dispensando assim a manutenção. Com o aumento da durabilidade do material, é garantida também a sua confiabilidade.

Ânodo: O uso do ânodo como forma de proteger áreas que foram danificadas garante que qualquer dano seja protegido pela superfície de zinco. Não importa se a peça está com o aço completamente exposto, o zinco irá corroer primeiro.

Resistência à corrosão: Os elementos de ferro no aço são potencialmente propícios à ferrugem, por isso, a camada de zinco protege o aço contra qualquer umidade ou oxigênio. O aço galvanizado protege a estrutura contra diversos danos e possibilita que materiais com cantos pontudos ou recesso também sejam galvanizados pois, por algumas vezes estes materiais não conseguem receber outro tipo de camada de proteção, tornando-os assim, mais resistentes aos danos.

         Sustentabilidade: A utilização do zinco como principal matéria prima na técnica de galvanização a fogo garante uma sustentabilidade para o processo, bem como, a própria galvanização a fogo por si só que protegendo o aço contra a corrosão evita que se produza mais aço para compensar os que já foram corroídos, isso evita a utilização de energia para o processo. A técnica também emite uma quantidade mínima de gases e cerca de 30% da utilização mundial do zinco vem de fontes recicladas e além do mais, o zinco que fica de resíduos é também reutilizado novamente.

  • CASES DE OBRAS GALVANIZADAS


The Silo :

Sergal Galvanizacao a fogo - The Silo Galvanizado
Predio totalmente galvanizado. Galvanizacao a fogo

Vocês conhecem ou já ouviram falar sobre o ”The Silo” (O Silo), um empreendimento em Copenhagen na Dinamarca que faz parte da transformação do porto Norte da cidade, um grande desenvolvimento pós industrial que está sendo transformado em um novo distrito.


         Um antigo silo de 17 andares e o maior edifico industrial da região foram transformados no ”O Silo” com apartamentos residenciais e funções públicas.


         Para trazer a fachada de concreto industrial do Silo para os padrões atuais, o exterior foi retirado, mas o interior preservado o máximo possível, quase intocado. Com isso, foi instalada uma fachada angular feita de aço galvanizado servindo de escudo climático permitindo que a forma alta do prédio fosse mantida.


         Um dos arquitetos fundador e diretor de criação do COBE (Comunidade de Arquitetos Dinamarquesa) disse “Queríamos manter o espírito do Silo tanto quanto possível. Tanto em termos de seu exterior monolítico como no majestoso interior de concreto, simplesmente colocando um novo sobretudo. O objetivo era transformá-lo de dentro para fora, de modo que seus novos habitantes e a vida urbana destacassem a identidade e o patrimônio da estrutura. Daí o uso de aço galvanizado para a fachada, que patina de maneira crua e mantém o caráter portuário original e a sensação do material, emprestando uma rugosidade e beleza crua à área, como em seu passado industrial.”


Universidade de Melbourne, Faculdade de Artes:

Engenheiros e Arquitetos especializados, junto com a Universidade de Melbourne, Faculdade de Artes, deram um tom mais robusto com a galvanização para a ala Oeste da Universidade, usando material externo mas também com foco na estética pois cada forma e espaçamento da estrutura foi priorizada para sua funcionalidade e para demonstrar a capacidade artística e que a Faculdade de Artes transmite pela sua essência. Com inovações e sustentabilidade e desempenho arquitetônico fantástico.


         A fachada diferente do empreendimento envolve o uso inovador e revolucionário do aço. Apresentando imagens de objetos das 24 coleções culturais da universidade. Dito isso, ela é passiva de controle solar tanto quanto uma manifestação artística e arquitetônica das aspirações da Faculdade de Artes.


         A galvanização das armações de aço no exterior da fachada foi escolhida por diversos motivos. As ‘’barbatanas” servem para dois propósitos, fornecer proteção solar à parede de cortina de vidro e ter imagens de objetos das Coleções Culturais da Universidade.


         As imagens e objetos na fachada revelam-se em diferentes momentos do dia e em diferentes pontos de vista. Os arquitetos disseram ” A galvanização é, obviamente, uma maneira maravilhosa de proteger as estruturas de aço, mas também gostamos de efeitos manchados e cristalinos que a galvanização proporciona. Ele mudará com o tempo, de um material reflexivo brilhante para um cinza opaco. Galvanização forneceu a fachada com o tipo de superfície bruta que estávamos procurando. Nós gostamos das inconsistências que a galvanização em lote de aço de 8mm nos deu.” O empreendimento foi vencedor do prêmio Industrial da Intergalva 2018. Saiba mais sobre a conferência nesse outro post.


Teto da Piscina da UniSanta em Santos:

Teto Galvanizado Unisanta
Teto Galvanizado Unisanta

A Maresia, ao mesmo tempo boa e indicação para uma praia paulista, mas também um problema para materiais metálicos e como de costume por termos um país repleto de praias e litorais, nós sabemos muito bem sobre esse assunto.


         Devido a este fato, algumas estruturas que se encontram nos litorais enfrentam grandes problemas de corrosão pois tem muita a exposição a esta maresia que é criada nas praias. Foi exatamente o que aconteceu com a estrutura do teto da piscina na Unisanta que é utilizada para treinamento de atletas de alta performance. Localizada em Santos no litoral de São Paulo esta estrutura teve deteriorações e precisou ser substituída.


         Com isso, foi utilizado um novo teto galvanizado e retrátil para cobrir uma área de aproximadamente 1800 m2 garantindo segurança, durabilidade e modernidade. Vale lembrar que a piscina tem 60m.


         Em toda estrutura de metal foi utilizada a técnica de galvanização a fogo. Utilizando parafusos e evitando soldas no local.


         Toda essa preocupação e utilização da técnica de Galvanização foram suficientes para garantir uma durabilidade de 40 anos e isso levando em consideração o ambiente em que fica localizada onde as chances de corrosão são muito maiores e ainda por cima com a piscina que é aquecida.


         A escolha de utilizar o zinco como proteção do material e técnicas de Galvanização a Fogo também reduziu os custos de manutenção e deu mais segurança à estrutura e isso com um custo da galvanização inferior a 5% dos custos da construção.


Pyramid Residential Building (Edifício residencial Pyramid) – Nova York, Estados Unidos

Conhecem o VIA 57WEST?


         No coração de New York, ao lado do Rio Hudson é bem visível o empreendimento de galvanização a fogo. O prédio de 750 unidades localizado no bairro de Hell’s Kitchen faz alusão à uma pirâmide com uma facha íngreme de aproximadamente 142 metros de comprimento.  O edifício foi construído para dar aos moradores ótimas vistas e prevenir o barulho do tráfego da cidade. Também contém sacadas angulares e jardins incríveis.


         Em um dia de sol os habitantes de Manhattan e Brooklyn conseguem ver o empreendimento em diferentes pontos dos bairros.


         O Grupo Bjarke Inglês, que tem origem Dinamarquesa se juntaram com os fabricantes de aço do local e com os galvanizadores para construir uma obra que se destacasse bastante.


         Devido as influências europeias do grupo onde a galvanização é usada com mais destaque nos edifícios do que na América e por garantir longevidade da estrutura ficando livre de manutenções futuras eles escolheram utilizar para a estrutura da obra a técnica Galvanização à Fogo.


         O grupo completou a missão de destacar a obra em uma cidade onde existem muitas estruturas icônicas já destacadas.


         Podem ter certeza, o Via 57 West vai continuar a ser uma referência quando falamos das paisagens da região e tudo isso graças à galvanização à fogo, assim, todos os habitantes podem usufruir desta linda vista.


The Saar-Polygon (Polígono do Saara) – Ensdorf, Alemanhã

No cenário do fim da indústria de mineração de carvão, foi fundada uma organização chamada “Associação Bergbauerbe Saar” cujo objetivo declarado é promover o patrimônio cultural da mineração com o estabelecimento de um marco que celebra a contribuição que os mineiros tiveram na região.


         Em 2012, a mineração de carvão no Saara terminou após mais de 250 anos e para criar um monumento para a região da Mineração, para os mineiros e também para olhar para o futuro, o Polígono de Saara foi erguido em Ensdorf.


         O significado por trás do design da construção da grade de aço é a conexão entre o passado e o futuro do país. Mostrando o tradicional vínculo de carvão, aço e energia no Saara.


         No topo da mina de carvão de Bergwerk, com uma área de cerca de 50 hectares, o monumento ergue-se cerca de 150 metros acima do vale do Saara. Devido à sua posição o polígono é visível de todas as direções.


         A estrutura de aço galvanizado por imersão a quente de 30 metros de altura forma um monumento que consiste em duas torres inclinadas conectadas por uma ponte. O seu topo tem uma plataforma de aproximadamente 35 metros de comprimento e pesando 60 toneladas, sendo suportada por duas torres inclinadas com 132 degraus e 25 metros. Dependendo de que como você olha ele muda de forma, assumindo algumas formas como a de um arco retangular, um triângulo invertido, um V invertido, uma estrutura parecida com uma ampulheta e finalmente como a letra T caindo de lado. Além do que a forma de “Polígono” lembra as estruturas de suporte que foram usadas nas minas.


Magicone Water Slide (Escorregador Aquático Magicone) – Land of Legends Aqua Park, Antália, Turkia

Este brinquedo é localizado no parque aquático ‘’Legends Aqua Park” localizado na costa do mediterrâneo na Turquia, um dos locais mais procurados para férias no país.


         O Magicone é um novo toboágua de alta capacidade com uma experiência e design únicos. É único em termos geométricos oferecendo uma ‘’viagem” longa e um caminho mais excitante oferecendo mudanças diferentes e repentinas no percurso.

         O seu formato é como um funil de lado e quem está na boia desce por uma queda íngreme fazendo que gire em torno do interior do funil.

         No ramo de parques aquáticos o principal objetivo é garantir a alta qualidade e longa durabilidade dos projetos, por isso, devem ser desenhados corretamente e seus materiais escolhidos com cuidado. O aço é um material excelente para estes tipos de obras que concede uma liberdade no design, permitindo ser mais criativos o que resulta em uma experiência mais excitante e divertida para os consumidores.


         O grupo Polin Water Parks opta por utilizar sempre a galvanização a fogo para o material metálico de seus brinquedos, ainda mais quando falamos de um brinquedo que está em constante contato com água, névoas de água, cloro da piscina e com possível corrosão quando o parque está fechado e além disso a proximidade que ele fica do mar por ser na costa mediterrânea tem que ser levado em consideração. Por isso a técnica de galvanização a fogo para proteção com capa de zinco é a melhor solução isso assegura também que não ocorram interrupções no brinquedo para reparos.


         A estrutura de suporte também é inteira galvanizada, por exemplo a parte de funil é suportada por 58 toneladas de ferro galvanizado.


Magazzino Automatico Verticale (Armazém automático vertical) – Ceramica Sant’Agostino, Ferrara, Itália

galvanização a fogo armazem vertical
Armazem vertical totalmente galvanizado

A Cerâmica de Sant’Agostinoapós sofrer sérios danos com o terremoto que atingiu a Emilia-Romagna e a Lombardia em 2012 teve que se recuperar.


         Esta tragédia fez com que a sua área de produção que havia sido destruída fosse reconstruída com um armazém vertical e automático. Este projeto era altamente inovador. Feito totalmente de aço em sua estrutura e a primeira projetada de acordo com os novos padrões técnicos de proteção contra ações sísmicas.


         O projeto é único e construído para otimizar o espaço do armazém, simplificar as gestões e logística de mercadorias e automatizar completamente a saída de pedidos. O pavilhão que comporta esta estrutura tem um comprimento de 134m com 25 de altura e 25 de largura.


         Tudo é ligado a um complexo e inteligente sistema de software que distingue automaticamente qual o destino do produto no armazém, comportando também a quantidade de produtos que caberiam em 480 caminhões. Os níveis de carga são suportados por 64 estruturar metálicas com capacidade de 18.852 paletes em 13 níveis.


         Toda a estrutura de aço é da classe S355JR e galvanizada com a técnica de galvanização a fogo ou a quente para proteção contra corrosão e eventuais danos e para diminuir drasticamente os reparos.


Comenius Bridge (Ponte Comenius) – Jaroměř, Republica Checa

Ponte Comenius Bridge Galvanizada
Ponte Comenius Bridge Galvanizada

A ponte original Comenius Bridge, que foi construída em 1886 e atravessava o rio Elbe, foi destruída por uma enchente em 2013. Com isso, foi construída uma nova ponte feita por apenas uma única peça de metal, uma laje de concreto armado, uma armação transversal em forma de um triangulo de isósceles e revestida com uma superfície de aço inoxidável polido, espelhando a superfície da ponte.


         Esta não foi apenas uma missão para conectar as duas margens, mas também para se preocupar com os arredores. De um lado tem uma escola e de outro uma linda praça arborizada e assim a optaram por misturar seu visual com o ambiente e não interferir nas vistas da cidade. 


         A estrutura foi projetada com um conjunto de peças galvanizadas com galvanização a fogo e foram parafusadas juntas sem nenhuma solda ou pintura adicional e devido a técnica de galvanização a manutenção só vai precisar ser realizada daqui mais de 50 anos.


         A escolha de utilizar a técnica de Galvanização a Fogo foi uma ótima pedida, devido ao fato das enchentes em 2013 e também pelo ambiente ao redor da ponte na cidade de Jaroměř, República Checa, que merecia um design diferenciando, respeitando o visual e a plenitude da região.


         E a obra foi um sucesso! Tudo que almejavam conseguiram. Segurança, design e cuidado. Evitando reparos futuros por mais de 50 anos.


         O projeto foi um dos vencedores da Intergalva 2018.

Hôtel des Communes – Les Herbiers, França

A prefeitura da cidade de les herbies na frança é galvanizada

Após escolha do escritório de arquitetura de Paris ”Atelier Du Pont” pelo comitê comunitário em maio de 2013, iniciou o projeto de seu futuro Hotel des Communes (Prefeitura) na cidade de Les Herbiers na França.


         Seu designer é o ateliê parisiense Atelier du Pont, associado a Michel Joyau de Montaigu. Após apresentaram ao comitê um projeto com uma arquitetura toda de vidro e metal, ele foi aprovado seduzindo o comitê pela sua elegância, sustentabilidade e durabilidade.


         O local é situado em um parque público da cidade e tem um design que não interfere na funcionalidade do lugar, os espaços são bem distribuídos e todos os escritórios tem luz natural. É uma expressão da influência territorial da região e do alto nível de cooperação local.


         Segundo os arquitetos, o aço galvanizado foi utilizado porque é sustentável e economicamente eficiente. Elementos galvanizados incluem os postes de fachada envidraçada, corredores ao longo da fachada e uma escadaria externa que contribui para o design do projeto, proporcionando continuidade visual, cor e reflexão de luz.


         Os escritórios são agrupados em clusters para criar maiores sinergias de trabalho. As circulações curvadas e contracurvas permitem que as pessoas caminhem através do edifício ou entrem direto na prefeitura, com uma sensação de continuidade, enquanto permanecem imersas na vegetação dos arredores. O projeto foi um dos vencedores da Intergalva 2018

Low Carbon Energy Centre (Centro de Energia de Baixo Carbono)- Greenwich, Londres, Reino Unido

Centro de Energia de Baixo Carbono Galvanizada
A península de Greenwich está extremamente avançada com relação à tecnologias de energia. Lá eles possuem um centro de baixa energia de carbono que gera energia para a península incluindo 15.700 residências e mais de 300 mil m² de escritórios. Economizando 2mil toneladas de carbono por ano.

Situado em uma localização proeminente na entrada da península de Greenwich, adjacente ao Blackwall Tunnel, o edifício do Centro de Baixa Energia de Carbono em Londres abriga caldeiras tecnicamente avançadas e usinas combinadas de calor e energia que distribuem energia térmica por meio de uma Rede de Aquecimento Distrital (DHN) do Centro de Energia


         Um importante novo marco para energia sustentável e acessível para uma das principais áreas de desenvolvimento urbano de Londres, a Península de Greenwich. Incluindo 15.700 novas residências e mais de 300.000 m² de escritórios.


         O projeto conta com uma torre de combustão de 49m de altura com engenharia sofisticada e um design diferenciado e complexo para criar um conceito escultural impressionante. A estrutura de 20m de largura e 3m de profundidade foi construída a partir de cinco escadas de aço interligadas revestidas com painéis de alumínio perfurado, cada um do tamanho de um ônibus de Londres. Projetado pelo artista britânico Conrad Shawcross, o revestimento da estrutura é formado por centenas de painéis triangulares. Esses painéis triangulares quando chegam na superfície se dobram, formando padrões geométricos complexos para criar uma superfície irregular e esculpida que brinca com os pontos de fuga e perspectiva. À noite, a iluminação produz uma série de composições inconstantes dentro da estrutura.


         O artista escolheu o aço pois permitiu a criação de uma estrutura forte porém fina e altamente perfurada, além disso, o aço fez jus ao contexto histórico da Península de Greenwich e devido ao revestimento perfurado da torre de combustão, a estrutura de aço fica exposta à estes elementos, por isso, todo o aço foi galvanizado com a técnica de galvanização a fogo visando garantir um acabamento resistente à ferrugem, sustentável e evitar manutenção constantes.


ÖAMTC Headquarters (Sede ÖAMTC) – Viena, Austria

A nova sede da ÖAMTC (Automobile Touring Club) que é organização sem fins lucrativos e que oferece serviços, assistência e dentre outros para automóveis ou motos, é um destaque arquitetônico ao longo da rodovia sudeste de Viena. O novo “centro de mobilidade” possui nove níveis de escritórios, espaços para conferências e instalações de treinamento, com uma área bruta de 27.000 m2. Este ambiente inovador de trabalho consolida cinco antigas agências locais do automobilismo, motos e do clube de turismo da Áustria.

         Das oficinas de serviço ao heliporto todos os elementos do programa são dispostos ao longo de um único eixo vertical.

         O edifício é um símbolo de mobilidade. Sua forma única, circular e de estrela, transmite o fato de que aqui tudo gira em torno da mobilidade e dos meios relacionados a ela e, ao mesmo tempo, demonstra a eficiência e a velocidade da organização. Por isso, tanto em termos formais quanto em termos de conteúdo, é um símbolo coerente e arquitetonicamente articulado para os telespectadores e usuários, trazendo a sensação de ter um parceiro forte e confiável. É também um sinal da autoconfiança da empresa sobre si mesma, com a qual funcionários e membros podem se identificar, portando instalações harmonizadas e extremamente organizadas, oferecendo um alto nível de interações e comunicações abertas e transparentes para atender as necessidades de clientes e funcionários.

         A fachada do anel, tem um comprimento de 230m e uma altura de quase 17m, representando o destaque de design do edifício. A fachada é tanto uma barreira de ruído quanto um caminho de escape principal. Devido à localização externa, ela possui apenas uma escada de escape interna, permitindo assim um layout otimizado.

         O aço galvanizado por imersão a quente foi usado na estrutura do edifício e foi projetado usando a prática BIM (Building Information Modeling) pelos arquitetos, engenheiros e empresas que executaram o projeto.

 

GALVANIZAÇÃO NO DIA A DIA

       A galvanização a fogo é utilizada também no seu dia a dia. Você sabia disso?

       Pois é, seja no portão da sua casa, nas estruturas dos prédios, nas pontes e viadutos que você atravessa, nos postes de luz e de sinalização das ruas, nas conhecidas e tão cobiçadas ‘’varandas gourmet’’, e caso vá até a Europa você pode encontrar também, algumas obras de arte e monumentos como falamos no tópico 7. Obras Galvanizadas (link).

Aqui vou descrever algumas destas ocasiões:

       Varanda Gourmet:

       Com o ”boom” de empreendimentos e solicitações por ”varandas gourmet” foi possível enxergar uma necessidade de quem tem esse tipo de obra em sua casa. Após 2 anos por vezes, 1 ano, sofrendo com situações climáticas diversas, a estrutura acaba se enferrujando e a reforma constante é necessária para manter a tão sonhada varanda.

       Com a galvanização dos materiais utilizados este problema é mitigado. O que deveria ter manutenção de ano em ano, poderá durar muitas vezes mais. Além de manter a durabilidade a segurança também é mantida.

       Portões de garagens e casas:

       Normalmente são as casas de veraneio que ficam pelo litoral brasileiro que estritamente precisam de galvanização para materiais metálicos, pois ela protege da umidade e da conhecida maresia.

       Por isso, portões de garagens e da própria casa devem ser galvanizados pois isso garante uma durabilidade inegável e também de previne de ter dores de cabeça com reformas e manutenções periódicas.

       Engenharia Civil e Industrial:

       Nossas construções civis devem sempre priorizar a galvanização dos materiais metálicos, isso garante uma durabilidade para obra e acima de tudo uma segurança de ponta, por exemplo:

       Estamos acostumados a colocar em todas as obras o famoso vergalhão, mas um material tão simples e útil pode se tornar ao mesmo tempo complexo.

       As estruturas metálicas enferrujam com o passar dos anos, causando dificuldade com relação a segurança em obras e até mesmo acidentes conhecidos.

       Ao passar pelo processo de galvanização a fogo, a estrutura essencial da obra tem maior durabilidade. Evitando manutenções periódicas e contratempos futuros.

E O ZINCO?

Vamos falar um pouco sobre a relação entre o Zinco e estruturas metálicas. A utilização de Zinco como revestimento que protege estruturas em ferro, teve a sua origem na Índia e a primeira evidência advém de Armaduras indianas do século XVII, porém, o primeiro registro científico de Galvanização ocorreu em 1742 onde um químico francês realizou experiências envolvendo o revestimento de zinco fundido de peças de Ferro.

         Com a evolução da tecnologia hoje temos alguns processos diferentes de galvanização, que podem ser por imersão a quente, por imersão em banho de zinco ou também em cementação pelo Zinco, e, caso tenha ouvido falar sobre galvanização a frio, tome como nota que tecnicamente ela não é considerada um processo de galvanização, pois utiliza tinta de zinco em aerossol apenas para pequenos retoques em peças já galvanizadas.

         Vale relembrar que estes processos ainda são realizados em metais, com intuito de proteger estes materiais contra a ferrugem evitando sua corrosão e garantindo mais durabilidade para a estrutura metálica. Com isso em mente, percebemos que a galvanização dos metais, nos dias de hoje, para grandes obras ou até mesmo para as pequenas é indispensável.

         O primeiro registro histórico científico de Galvanização ocorreu em 1742 quando um químico Francês, J. P. Malouin apresentou à Royal Society várias experiências envolvendo o revestimento de zinco fundido de peças de Ferro. No entanto teria que se esperar quase 100 anos até que a primeira patente de Galvanização ser depositada por Stanislaus Modeste Sorel em 1837. O processo de Sorel era bastante parecido ao usado hoje em dia.

         O nome Galvanização provém da Língua Francesa e tem origem no nome do cientista Italiano Luigi Galvani que descobriu o efeito Galvânico em metais e foi usado por Sorel para descrever o mecanismo de proteção do aço por revestimento de Zinco. O termo Galvanização generalizou-se de modo a que hoje em dia significa o revestimento de peças com Zinco ou ligas de Zinco, com a exclusão de outros metais.

         O processo de Sorel seria otimizado e a Galvanização generalizou-se no resto do século XIX e XX.

         Em 1850, o Reino Unido consumia cerca de 10 000 toneladas de Zinco em Ferro Galvanizado.

         Atualmente e apenas nos Estados Unidos são consumidas anualmente 600 000 toneladas de Zinco em Galvanização.

QUAIS INDUSTRIAS UTILIZAM AÇO GALVANIZADO?

       Metal galvanizado é usado na grande maioria das obras internacionais e nacionais!

         Sabe a carroceria do carro? A maioria é feita de metais galvanizados, bem como, algumas bicicletas. Também os bebedouros são feitos de com aço galvanizado. As chapas laminadas a frio também são frequentemente galvanizadas. Porcas, parafusos, ferramentas e fios de todos os tipos agora são galvanizados porque é um processo barato e ajuda a aumentar a vida útil do metal!

         O aço galvanizado, como citado nos cases de obras galvanizadas (link para cases), é utilizado em muitas construções e edifícios modernos que possuem uma estrutura de aço. Também é utilizado para construção de varandas, escadas, passarelas e muito mais. Cercas, telhados, passarelas ao ar livre, são ótimas opções para o metal galvanizado! Se sua obra for feita ao ar livre, como por exemplo, fora de casa utilizar aço galvanizado é uma ótima opção.

         Indústrias eólicas e solares: Os projetos solares devem ter um trabalho continuo após instalados, sendo assim, manutenções e reparos resultam em interrupções no serviço (conhecido também como perda de receita). Isso significa que aço com galvanização a fogo são populares nestes projetos devido a proteção contra corrosão e também evitando possíveis manutenções e reparos durante décadas, bem como, é uma ação sustentável ao meio ambiente por não produzir emissões e garantir durabilidade. Por exemplo, é frequentemente usado no setor agrícola porque o equipamento é suscetível de ser facilmente corroído, criando uma demanda por equipamentos mais resistentes. O aço galvanizado a fogo fornece proteção contra corrosão que geralmente pode durar décadas, mesmo quando exposto ao ambiente hostil da agricultura.

         Indústria automotiva: Embora era apenas usado em modelos de luxo até os anos 80 o uso de revestimento de zinco nas carrocerias se tornou uma norma na fabricação de automóveis. Em 80% da carroceria de um carro é utilizado ferro galvanizado. A resistência contra corrosão que o aço galvanizado proporciona torna-se uma ferramenta de marketing para indústria automotiva, pois concede aos consumidores uma garantia de ‘’não corrosivo’’.

         Construtoras: Seja comercial ou residencial a duração do aço galvanizado se tornou popular por mais de uma década na indústria da construção. Também é escolhido para construções devido à sua estética, o aço galvanizado proporciona um brilho único e uma sensação contemporânea sendo popular em projetos arquitetônicos modernos. Portanto, não é usado apenas para grandes peças estruturais, mas coisas como cercas, calhas, trilhos, tubos, estacas e muito mais.

         Industria da telecomunicação: O trabalho de manutenção da fiação telefônica não é nada fácil, normalmente são altos ou muito difíceis de alcançar.  O aço galvanizado a fogo pode ser usado na fiação telefônica e nas caixas de equipamentos, o que diminui o risco de danos e a necessidade de manutenção.

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